Prefeito trabalha para que comércio abra gradativamente

  • Jacques pediu orientação ao Ministério Público e voltará a se reunir com empresários neste sábado

    Assunto: Administração  |   Publicado em: 02/04/2020 às 11:17   |   Imprimir

O prefeito Jacques Barbosa analisa a situação da abertura gradativa do comércio local em razão das normas de enfrentamento ao Covid-19. Um novo decreto já estava definido, flexibilizando a abertura dos estabelecimentos mediante critérios definidos em reuniões com empresários e sindicalistas. Entretanto, o decreto publicado pelo Governo do Estado na quarta-feira (1), proíbe a abertura do comércio, com exceções dos serviços considerados essenciais até o dia 15 de abril.
Jacques destaca que todas as medidas adotadas em Santo Ângelo são fruto de diálogo com os setores envolvidos e com os membros do Comitê de Enfrentamento ao Covid-19. Na semana passada, o Governo Municipal já havia flexibilizado o funcionamento de novos setores, como hotelaria, transportadoras, barbearias e salões de beleza, dentro de regras de higienização pré-estabelecidas.
O objetivo do novo decreto era permitir que o comércio abrisse suas portas com 30% da sua capacidade, realizando rodízio de funcionários e seguindo protocolos de higiene e prevenção ao vírus. “A ideia era de uma abertura gradativa, visto que Santo Ângelo não tem caso confirmado e entendemos que teremos outras ondas dessa pandemia, especialmente pelo inverno que se aproxima, existindo a possibilidade de, no futuro, ter que retroagir nessas medidas”.
Segundo o prefeito, é necessário trabalhar com vários cenários. No quadro atual, sem casos no município, existe um tipo de cenário. Mas em caso de confirmação de caso ou mesmo de transmissão comunitária, as medidas teriam que ser outras, bem mais duras. “Temos que lembrar que no inverno normalmente nossos hospitais já lotam. E com o Coronavírus, como vamos agir? Temos que ter mais locais. Reforma e colocação de 40 leitos no HSA, Hospital Santa Izabel e Posto Militar do B Com. Mas não é do dia para noite, tem custo de R$ 500 mil mês. Mas não é só dinheiro. Difícil comprar materiais, equipamentos, médicos. Precisamos de um tempo, que praticamente inexiste”, relata o prefeito.
Para debater a situação criada com o novo decreto do governador Eduardo Leite, uma reunião entre o Governo Municipal e o empresariado será realizada na manhã deste sábado, 4. Além disso, Jacques anunciou que procurou o Ministério Público para saber do entendimento que o órgão possui sobre essa nova situação, lembrando que membros do MP integram o Comitê de Enfrentamento ao Covid-19, assim como a Câmara de Vereadores, o 1º B Com, os hospitais e órgãos de segurança pública.

Fotos: Fernando Gomes