CMM encerra Campanha de Combate à Violência contra a Mulher

  • Foram realizadas palestras de orientação com mulheres de bairros do município sobre os tipos de violência se enquadram na Lei Maria da Penha

    Assunto: Políticas para as Mulheres  |   Publicado em: 10/12/2018 às 13:48   |   Imprimir

Nesta quinta-feira, 06, o Governo Municipal, por meio da Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres (CMM), encerrou as atividades alusivas a data Internacional dos 16 dias de Ativismo de Combate à Violência contra a Mulher, iniciado em 25 de novembro. 
Em Santo Ângelo foram realizadas palestras ministradas pela psicóloga e coordenadora da CMM, Simone Lunkes, com a participação das estagiárias do curso de Psicologia Laís Schropfer e Luana Fonseca Patias. Elas palestraram para as mulheres dos bairros Dido, Subuski e Ditz, e encerraram no Núcleo Comunitário do Bairro João Goulart com a presença da assistente social, Viviane Hotto. 
Conforme a coordenadora, a ideia principal é conversar com as mulheres para que elas saibam identificar casos de violência e quais providências devem ser tomadas. “É importante que todas tenham acesso a esse tipo de informação, pois, em Santo Ângelo, somente neste ano, já foram registradas 638 denúncias de violência contra a mulher, este é um número alarmante”, relatou Simone Lunkes. 
Os principais temas abordados nos encontros foram às cinco violências que se enquadram na Lei Maria da Penha. A física, que são ações que podem comprometer a saúde física da mulher é o bater, empurrar, chutar, puxar os cabelos, apertar os braços, cortar e amarrar. Já as violências moral e psicológica estão interligadas, pois, muitas vezes uma é o resultado da outra. 
A moral é definida como atitudes que caluniam, difamam e que humilham a vítima publicamente. A psicológica são ações que causam dano a autoestima ou a identidade da pessoa, na qual, o agressor a humilha, insulta, persegue, ameaça, controla a vida, a isola de amigos e familiares. 
A violência patrimonial se caracteriza quando o agressor retém o dinheiro da vítima sem o seu consentimento, destrói ou oculta bens e objetos ou a impede de trabalhar. Já a violência sexual vai além do não consentimento da mulher em ter relações sexuais, também é considerado agressão impedir que ela se previna de uma gravidez ou provocar o aborto. 
Em qualquer tipo de violência a coordenadora, Simone Lunkes, destacou o quão relevante é o apoio da família para que a mulher saia de uma relação abusiva e consiga se recuperar dos traumas e das marcas desse relacionamento.
Ao fim da palestra a estagiária de psicologia, Laís Schropfer, explicou as participantes a importância e o significado da palavra sororidade, e propôs uma dinâmica para que cada uma elogiasse a mulher que estava ao seu lado. “Essa palavra é recente e tem um significado essencial nos dias de hoje. Sororidade significa a união e aliança entre as mulheres, ela é baseada na empatia e no companheirismo, para que nós não fiquemos mais nos comparando ou sentindo inveja de outras mulheres iguais a nós”, explicou. 
A Coordenadoria de Políticas Públicas para as Mulheres está localizada na Rua Antunes Ribas, 3591, durante o turno único o horário de funcionamento é das 7h30min às 13h30min. O local conta com atendimento psicológico e assessoria jurídica para as mulheres que sofreram algum tipo de violência.

Texto/Fotos: Isabelle Luft