Prefeitura Municipal de Santo Ângelo - RS

A Secretaria Municipal de Assistência Social realiza uma parceria com a UTI Neonatal do Hospital Santo Ângelo na doação de “Polvos do Amor” feitos de crochê para os recém nascidos prematuros. Na quarta-feira, 6, a secretária Jacqueline Possebom foi até o hospital para firmar o acordo com a Gerente de Enfermagem, Maristane Almeida. 
A Secretaria vai realizar aulas de artesanato nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) com a artesã Ana de Oliveira para a confecção dos polvinhos e após serão repassados para o hospital. Atualmente a UTI Neonatal está com seis bebês internados e todos eles utilizam os polvos, que são doados através de voluntários. Antes dos bebês terem contato com o crochê ele é lavado e esterilizado, quando o paciente recebe alta hospitalar leva seu polvo para casa, porque já possui vínculo afetivo. 
O polvo feito de crochê para bebês prematuros foi criado na Dinamarca, em 2013. O chamado Projeto Octo se espalhou por outros países da Europa e também Estados Unidos, mas começou a ser feito no Brasil no início de 2017. Os polvos são colocados dentro da incubadora, junto aos bebês prematuros. Acredita-se que os tentáculos do polvo remetam o bebê ao útero materno porque se assemelham ao cordão umbilical.
Ainda não há estudos científicos sobre o uso dos polvinhos para os prematuros, entretanto, os polvos de crochê vêm sendo usados como brinquedos desde 2013 sem nenhum relato de infecções ou danos à saúde dos bebês. De acordo com pais e profissionais de saúde, o polvo parece acalmar os pequenos, regularizando a respiração e os batimentos cardíacos. 
Se você quiser fazer polvinhos para doar existem algumas recomendações importantíssimas:
-deve ser utilizada linha de alto padrão, 100% algodão, para que resistam às lavagens; 
-não há especificação quanto à cor da linha, então pode ser de qualquer cor;
-para o enchimento, o ideal é utilizar fibra siliconada, comprada em lojas especializadas;
-os tentáculos do polvo devem ter o ponto bem fechado, para evitar que um dedinho do bebê fique preso, e não devem ultrapassar 22 centímetros quando esticados, pois se ficarem muito compridos pode oferecer risco aos pequeninos.