Prefeito Jacques convoca reunião extraordinária sobre bandeira vermelha para Santo Ângelo

  • Executivo fará reunião neste domingo com autoridades de saúde, para avaliar critérios que elevaram a macrorregião como de alto risco para contágio

    Assunto: Poder Executivo  |   Publicado em: 14/06/2020 às 09:24   |   Imprimir

O prefeito Jacques Barbosa está convocando autoridades da saúde para reunião neste domingo, 14, às 9h30min, no Gabinete do Executivo, para discutir a imposição pelo Governo do Estado de critérios restritivos de bandeira vermelha para a macrorregião de Santo Ângelo.
O anúncio da elevação para de alto risco foi feito pelo governador Eduardo Leite no início da noite deste sábado.
O chefe do Executivo informou que estará reunido com a 12ª Coordenadoria Regional de Saúde (12ª CRS), a direção dos hospitais e a equipe técnica da Secretaria Municipal de Saúde, para questionar os cálculos do modelo de Distanciamento Controlado apresentado pelo Estado.
Segundo o prefeito, um dos principais critérios avaliados pelo Estado, é a taxa de ocupação de leitos na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) na rede hospitalar local, situação que está controlada nos hospitais de Santo Ângelo, com abrangência regional. “Os prefeitos da Associação dos Municípios das Missões também não concordam com a classificação regional anunciada pelo Estado. Vamos nos reunir com a Coordenadoria de Saúde para, no mínimo, buscar esclarecimentos”, argumentou Jacques.
Mesmo questionando a classificação da região, Jacques informou que, após a reunião com a saúde do Estado, irá tratar sobre um novo decreto com protocolo de restrições mais severas, conforme as orientações do Estado.
A bandeira vermelha anunciada neste sábado, 13, entrará em vigor a partir de segunda-feira, dia 15, com vigência de duas semanas.
SAÚDE
O secretário municipal de Saúde, Luis Carlos Cavalheiro, também discorda com a classificação de alto risco da macrorregião de Santo Ângelo. Segundo ele, Santo Ângelo tem leitos de UTI para comportar atendimento local e aos municípios da região. “A taxa de ocupação nos hospitais não chega a 50%. Vamos sim, contestar a classificação”, declarou.
Cavalheiro lembrou que o Governo Federal estará repassando nos próximos dias, 140 respiradores para o Rio Grande do Sul e que o prefeito Jacques, juntamente com o deputado Eduardo Loureiro, e a direção do Hospital Santo Ângelo, estão articulando a liberação de mais cinco para as casas de saúde locais, o que ampliaria a capacidade de internação.
Conforme o Boletim Informativo do Comitê Temporário de Enfrentamento ao Coronavírus divulgado às 17 horas deste sábado, dia 13, Santo Ângelo têm apenas quatro pacientes de COVID-19 internados, com apenas dois na UTI.
O QUE MUDA NA BANDEIRA VERMELHA
À luz da classificação final das regiões de Caxias do Sul, Santo Ângelo, Santa Maria e Uruguaiana na bandeira vermelha neste sábado (13/6), de acordo com os critérios calculados pelo modelo de Distanciamento Controlado, é preciso esclarecer o que muda nesses locais nos quais o risco de contágio do Coronavírus é considerado alto.
A bandeira vermelha, em essência, impõe restrições mais severas àquelas adotadas em áreas com bandeira laranja. Sendo assim, nas regiões classificadas neste sábado (13/6) como bandeira vermelha, somente estabelecimentos que vendem itens essenciais podem estar abertos, mantendo 50% dos trabalhadores. Os demais locais de comércio devem ficar fechados.
Restaurantes e lancherias ficam proibidos de receber clientes no local, mas podem atender em sistema de tele-entrega, drive-thru e pegue e leve. Nos shoppings, também fica permitido o acesso apenas a serviços essenciais, como farmácias, lavanderias e supermercados, que podem operar com apenas 25% dos funcionários. Fora isso, os shoppings devem permanecer fechados, sem circulação de pessoas.
As aulas devem ser mantidas de forma remota. Cursos livres, cujo funcionamento seria permitido, com respeito às medidas sanitárias, a partir do dia 15 de junho, devem permanecer fechados, assim como escolas de ensino infantil, fundamental e médio e universidades.
Academias, missas e serviços religiosos, clubes sociais e esportivos (mesmo que com atendimento individual), e serviços de higiene pessoal, como cabeleireiro e barbeiro, por exemplo, passam a ser totalmente vedados.

Foto: Fernando Gomes