Solos e Irrigação são temas de reunião técnica na Fenamilho

  • Palestra de pesquisador da Embrapa tratou da Construção de Perfil do Solo, reunindo técnicos e produtores

    Assunto: Fenamilho  |   Publicado em: 02/05/2023 às 07:47   |   Imprimir

Agricultores e técnicos de municípios das Missões reuniram-se nesta sexta-feira (28/04), no auditório Iglenho Burtet, no Parque de Exposições Siegfried Ritter, na 20ª Fenamilho Internacional, em Santo Ângelo, para a Reunião Técnica do Pró-Milho RS, proposta do Governo do Estado e que visa ampliar a produtividade e a qualidade do milho gaúcho.
Na oportunidade, estiveram em pauta dois importantes temas que podem contribuir para mitigar os efeitos da estiagem sobre a produção agropecuária: solos e irrigação.
A palestra “Construção de Perfil do Solo”, foi conduzida pelo pesquisador da Embrapa, José Eloir Denardin, seguindo as premissas de que nenhum sistema é melhor do que quem o gerencia e maneja, o agricultor deve cultivar plantas (especialmente as com raízes mais profundas) em benefício do solo, uma vez que elas o enriquecem e que se deve infiltrar a água onde ela cai.
O secretário municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano e coordenador de Marketing da Fenamilho Internacional, Francisco da Silva Medeiros e o presidente do Sindilojas Missões, Gilberto Aiolfi, representaram a Comissão Central da 20ª Fenamilho Internacional. A chefe do Escritório da Emater Santo Ângelo e presidente da FEAAGRI Missões 2024, Márcia Dezen, participou do evento.
MODELO
Os participantes também puderam se inspirar com a apresentação do case de sucesso da família Fengler, de Entre-Ijuís, com participação do produtor Guilherme Fengler e do extensionista Nélio Nevinski.
A família possui área irrigada de 5,5 hectares voltada ao milho, no verão, e à pastagem de aveia, no inverno. Os resultados já puderam ser observados desde 2018, primeiro ano de implantação do sistema, quando na área irrigada foram colhidos 205 sacas de milho por hectare. Em 2023, mesmo com a estiagem que atingiu o Noroeste gaúcho, foram colhidas 122 sacas por hectare nesta área. Consorciada à disponibilidade de água, a família adota práticas conservacionistas do solo.
Com isso, percebe resultados no aumento da produtividade e da renda em anos normais, manutenção da produtividade em períodos de estiagem. “Mesmo com três anos consecutivos de estiagem prolongada, a média de milho colhida na área irrigada foi de 166 sacas hectare nos últimos seis anos, desde quando foi implantado o sistema”, afirmou Fengler. O produtor e o extensionista também destacam que o sistema de rotação entre milho e soja contribui com o aumento significativo da produtividade.
Fotos: Fernando Gomes