Saneamento Básico Rural garante qualidade da água consumida no interior

  • A partir de estudos técnicos realizados entre 2018 e 2019, município já realizou melhorias em 22 poços artesianos que abastecem o meio rural

    Assunto: Meio Ambiente  |   Publicado em: 08/06/2020 às 11:05   |   Imprimir

O Governo Municipal está a pleno com a execução do Plano de Saneamento Básico Rural, programa inovador em território gaúcho, com apoio do Ministério Público, levando melhoria à qualidade de vida da população do interior, com mais saúde aos trabalhadores do campo, desenvolvendo uma série de ações que aperfeiçoam o abastecimento de água, o esgotamento sanitário e ampliam o serviço de recolhimento de lixo.
A Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SEMMA) deve concluir na próxima a semana, a instalação de um novo poço artesiano na sede do Distrito Comandaí, investimento do Fundo de Gestão Compartilhada que garante a qualidade na água consumida pela comunidade rural. O poço atingiu cerca de 100 metros de profundidade. O reservatório, instalado na sede do distrito há décadas, também será substituído.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Francisco da Silva Medeiros, várias localidades do interior estão recebendo obras de resguardo nos poços artesianos e até mesmo a perfuração e instalação de novos poços, com base em laudos realizados por técnicos da pasta.
Segundo o secretário, os estudos técnicos realizados no antigo poço pela SEMMA e pela Secretaria Municipal de Saúde no Comandaí, apresentaram alto grau de turbidez na água consumida pelos moradores, em função de estar instalada em área com grande concentração das águas das chuvas. “O local do novo poço artesiano foi definido a partir de critérios técnicos para evitar que a situação se repita. E também a construção e a instalação seguem normas técnicas que garantem a potabilidade da água”, assinalou o secretário.
Medeiros explicou que, além da perfuração e instalação, a SEMMA executou o isolamento sanitário do novo poço artesiano, com cercamento de alambrado a fim de impedir a circulação de pessoas não autorizadas e animais, construção de passeio externo para a impermeabilização do solo e evitar o escoamento de águas superficiais contaminadas e outras instalações necessárias para o funcionamento do poço artesiano.
POÇOS ARTESIANOS
O levantamento situacional dos sistemas de abastecimento de água da área rural de Santo Ângelo foi realizado entre os anos de 2018 e 2019, inicialmente pela Secretaria Municipal da Agricultura, posteriormente passando para a responsabilidade dos técnicos da SEMMA, e identificou a necessidade de intervenção em vários pontos de captação de água para melhorar a estrutura do entorno, como medida para evitar a contaminação do lençol e preservar as estruturas que abastecem as comunidades.
A partir do levantamento, foram selecionados 32 poços para ações emergenciais. Segundo relatório da SEMMA, foram realizadas obras de melhorias em 20 poços artesianos do meio rural, contemplando diferentes locais (confira o quadro).
No primeiro ano da atual gestão, a Secretaria da Agricultura efetivou ações de resguardo nos poços que abastecem a Barca dos Gabriel e em um dos poços do Distrito de Cristo Rei.
RESERVATÓRIOS
O levantamento também apontou a necessidade de substituição de reservatórios de água e torres de sustentação comprometidas, em 10 pontos do interior, ao custo médio de R$ 9,5 mil, com recursos do Fundo Municipal de Gestão Compartilhada. O secretário do Meio Ambiente destaca que o projeto para a troca dos reservatórios é padrão, por isso os custos são praticamente os mesmos em todas as comunidades rurais elencadas.
As comunidades que terão seus reservatórios trocados são: Esquina Maria Luiza (poços 1, 3 e 4); Ressaca da Buriti (poço 1); Barra do São João; Lajeado Micuim (poço 2); Atafona (poços 3 e 6); Rincão dos Peccin; e Cristo Rei (Linha Umbu).

Texto: Tarso Weber
Fotos: Fernando Gomes