Aberta a 26ª Semana Cultural de Santo Ângelo

  • Cerimônia foi marcada por homenagens ao Patrono Osmar Veronese e lançamento de livro contando a saga da imigração italiana

    Assunto: Cultura  |   Publicado em: 06/08/2018 às 16:40   |   Imprimir

Santo Ângelo vive dias de efervescência de arte e cultura com a abertura da 26ª edição da Semana Cultural, garantindo a população acesso às mais diferentes manifestações, da literatura ao cinema. O evento foi aberto oficialmente pelo prefeito Jacques Barbosa na manhã do último sábado, 04, em solenidade realizada no Centro Municipal de Cultura, com homenagem ao professor, escritor e Procurador da República em Santo Ângelo, Osmar Veronese, escolhido patrono desta 26ª Semana Cultural. 
No ato solene o prefeito Jacques Barbosa afirmou que a escolha de Osmar Veronese como patrono da Semana Cultural é uma resposta de gratidão do santo-angelense ao empenho do procurador da República em defesa da arte e da cultura e de preservação da história. “Santo Ângelo orgulha-se da sua luta para que a cultura se estabeleça em nosso território como garantia de implementação de uma política pública democrática, eficiente e duradoura que nós, enquanto Governo Municipal, tanto lutamos para desenvolver com autonomia e respeito à diversidade étnica e cultural desta nossa terra”, homenageou. 
Jacques também argumentou que a disposição do Governo Municipal em fazer cultura está na construção de políticas públicas para a promoção da pessoa e da cidadania. Citou como exemplo a parceria entre Estado e Município que irá disponibilizar R$ 200 mil em edital aberto à participação da comunidade. “O Pró-Cultura ‘Aproximando Culturas’ vai alocar o maior volume de recursos das últimas décadas para artistas locais e é o mecanismo mais transparente e democrático na distribuição de verbas para a cultura”, assinalou. 
O PATRONO
O Patrono da 26ª Semana Cultural de Santo Ângelo, Osmar Veronese, em sua manifestação, agradeceu a distinção recebida pelo Município, incitou os presentes para que continuem a sonhar, “pois os sonhos movem o mundo”. 
A contribuição do patrono para a manutenção e difusão da cultura foram lembradas pela secretária municipal de Cultura, Neusa Cavalheiro, com a destinação de recursos do Ministério Público Federal (MPF) e do Ministério Público do Trabalho (MPT) para a aquisição de 15 hectares de área na Ressaca da Buriti, interior de Santo Ângelo, e destinação aos índios guaranis da Aldeia Tekoá Piãú. 
Veronese também foi saudado pela secretária, pelo aporte de recursos federais para o restauro da Estação Férrea e dos vagões em exposição junto ao Complexo Memorial à Coluna Prestes. “A Semana Cultural deste ano tem foco no patrimônio histórico e cultural. Justa homenagem ao Osmar Veronese. É o mínimo que podemos fazer pelo que ele faz para a cultura”, afirmou a secretária.
Sobre a área doada aos guaranis, Veronese disse que é um tributo a Sepé Tiaraju e à história mais rica das Missões. Em relação às ferrovias, setor em que tem forte atuação como Procurador da República, o Patrono da Semana Cultural criticou o abandono. “As ferrovias representam a raiz das cidades brasileiras. Foi uma burrice o Brasil abandonar milhares de quilômetros da malha ferroviária, fato que gerou impactos social, econômico e histórico negativos. O investimento na restauração do espaço em Santo Ângelo é uma forma de preservação deste patrimônio histórico”, disse Osmar Veronese, em seu discurso. 
A solenidade de abertura contou também com a presença do secretário de Estado adjunto da Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, André Kryszczun, do vice-prefeito Bruno Hesse, do presidente da Câmara de Vereadores Everaldo Oliveira, secretário municipal do Meio Ambiente, Francisco da Silva Medeiros, Otávio Reichert, presidente da Academia Santo-Angelense de Letras, Jonatã Ferreira, presidente do Conselho Municipal de Políticas Culturais, da escritora Sueli Pizutti e do ex-vereador Dalmir Ledur, autor da Lei Municipal que criou Semana Cultural de Santo Ângelo.
LITERATURA
Após a solenidade de abertura, a Semana Cultural de Santo Ângelo teve o seu quarto evento, com o lançamento do livro “Lucca e Anversa”, da escritora Sueli Pizutti, inspirada em escritas deixadas por Celeste Lucca - in memorian -, que conta a saga da imigração italiana no Brasil. No hall do Centro Municipal de Cultura, estiveram em exposição materiais relacionados à imigração.

Fotos: Fernando Gomes