Vigilância Ambiental inicia o combate aos “borrachudos”

  • Aplicação de produto biológico no Rio Itaquarinchim tem como objetivo eliminar as larvas do inseto

    Assunto: Vigilância Ambiental  |   Publicado em: 13/12/2023 às 13:16   |   Imprimir

Altas temperaturas intercaladas com chuvas intensas são o cenário perfeito para a proliferação de insetos, especialmente os mosquitos, que provocam inconvenientes para a população e podem causar problemas alérgicos.
Nos últimos dias, a população santo-angelense tem sentido com força a presença do chamado “borrachudo”, mosquito que pertence à família Simuliidae da ordem Diptera, sendo cientificamente chamado de Simulium spp. Estes mosquitos se caracterizam pelo tamanho diminuto (adultos medem de 1 a 4 mm). Por ser pequeno, o “borrachudo” apenas é percebido quando as picadas já estão incomodando, evitando a presença de pessoas em locais abertos ou causando reações alérgicas.
Para se proteger, as pessoas fazem uso do uso de repelentes e inseticidas, porém, se administrados de forma equivocada, também podem gerar alergias e até intoxicações.
AÇÃO
Atenta ao problema, a Vigilância Ambiental estabeleceu uma ação de combate ao inseto. O coordenador Rodrigo Stankowski observa que o mosquito inicia seu ciclo como uma larva fixada em pedras, entulhos e folhas presentes em locais de água corrente. Diante disso, a ação iniciou na manhã desta quarta-feira, 13, no trecho urbano do Rio Itaquarinchim. “Essa é a maneira mais eficaz que encontramos para combater o borrachudo, eliminando os criadores”.
O produto que está sendo aplicado é o BTI (Bacillus Thuriengiensis var. israelenses), o mesmo usado no combate à dengue e que por ser biológico não oferece riscos à saúde das pessoas.
“Nosso trabalho diário combate os insetos adultos com a aplicação do BTI. Porém, se não eliminarmos as larvas, continuaremos a ter problemas com esse mosquito”.
A aplicação é feita a cada 50 metros no rio. Estima-se que serão necessárias 400 aplicações apenas no trecho urbano do Itaquarinchim. Depois disso, a ação será feita nos demais arroios e riachos da cidade. “Não dá para estimar o tempo necessário, pois a aplicação é trabalhosa e, também, depende das condições do clima, pois a chuva forte faz com que seja retardado o efeito do larvicida”, analisa.
Texto: Hogue Dorneles
Fotos: Fernando Gomes

Últimas Notícias sobre Vigilância Ambiental