Prefeitura Municipal de Santo Ângelo - RS

Com participação ao vivo no programa Aldeia Global da Rádio Sepé na manhã da terça-feira, 10, o prefeito Valdir Andres conversou com o radialista Paulo Renato Ziembowicz sobre a sua ida à capital federal, a audiência pública envolvendo a Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS) e o anseio da comunidade santo-angelense pela implantação do curso de Medicina no município, e, também, sobre o Projeto de Lei nº 07/2015, de autoria do Poder Executivo, que não recebeu parecer da Comissão de Constituição e Justiça e acabou sendo não colocado na Pauta da Ordem do Dia.

De acordo com o prefeito Valdir Andres, o Projeto de Lei visa normatizar, no município, algumas atividades potencialmente poluidoras de forma a não interferir na qualidade de vida dos cidadãos, sendo um projeto onde ficam reguladas as condições básicas de proteção da coletividade contra a poluição sonora. “Há tempos estamos estudando esta questão da poluição sonora em locais públicos para que houvesse uma normatização. Junto à secretaria municipal do Meio Ambiente, a quem está à frente desta questão, nós, a pedido das escolas de samba e da Liga das Escolas de Samba de Santo Ângelo, além do próprio Ministério Público (MP), elaboramos este Projeto de Lei e enviamos à Câmara Municipal de Vereadores. Para as escolas de samba, este projeto era muito importante, pois estamos na semana que antecede o nosso Carnaval de Rua, onde tudo evidenciava que seria realizada a normatização do mesmo. Mas, infelizmente, a Comissão de Constituição e Justiça acabou não dando este parecer. É um projeto técnico, que não teria muito a acrescentar por parte da Câmara de Vereadores, que foi estudado pelos técnicos da secretaria municipal de Meio Ambiente, e que acabou não sendo aprovado e vamos ficar sem esta Lei, às vésperas do Carnaval”, disse.

Sobre o fato dos municípios e o Estado, assim como a União, estarem vivendo em um período crítico na Economia, o prefeito Valdir Andres explicou que realizar o Carnaval de Rua é manter o que já está enraizado no município, inclusive com baixos investimentos do Poder Público.“Há anos o Poder Público participa com uma pequena ajuda.  A grande despesa do Carnaval de Rua é suportada pelas próprias escolas de samba, a própria Liga, que realiza este Carnaval junto com a prefeitura. Mas, o grande montante é arrecadado por meio de patrocínios, venda de ingressos e de camarotes. A prefeitura investe pouco recurso. Mas, nós entendemos que é uma festa popular e já está enraizada na cultura de Santo Ângelo. Lógico que falta dinheiro para muita coisa, mas o Carnaval de Rua é uma conquista de anos da nossa comunidade”, explicou o chefe do Executivo.

A luta pelo curso de Medicina - Em relação à mobilização do município em prol da instalação do curso de Medicina na capital missioneira, após a audiência pública realizada com o vice-reitor da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS), Antônio Andreoli, na última segunda-feira, 8, o prefeito Andres frisou que a perda da universidade federal para o município de Cerro Largo, no passado, atrapalhou este processo que agora está sendo pleiteado. “A audiência pública teve a participação da nossa comunidade e do Grupo de Trabalho para defender a implantação do curso de Medicina em Santo Ângelo. Sob a coordenação do vereador Diomar Formenton, nós, da Administração Municipal, participamos deste trabalho e estamos indo para a luta. É claro, que a perda da universidade federal para Cerro Largo criou um peso significativo, além de problemas e dificuldades. Pois, se a universidade tivesse vindo para Santo Ângelo, hoje, o curso de Medicina seria uma consequência natural. Mesmo assim, estamos contando com a boa vontade da UFFS, e sabemos que é uma luta demorada. O IESA também está pleiteando em seu processo a particular, então temos duas possibilidades para o município. É preciso lutar para recuperar o tempo perdido”, disse.

Ida à Brasília/DF  –  Em visita à capital federal, na semana passada, o prefeito Valdir Andres tratou com prioridade a questão do Aeroporto Regional de Santo Ângelo ao ter audiência com o ministro da Aviação, Eliseu Padilha. “Eu mesmo já estive com o ministro anterior da Aviação, Moreira Franco, e agora com o novo ministro Eliseu Padilha neste ano para tratar sobre o aeroporto de Santo Ângelo. Em março de 2013, fiz o pedido para que Santo Ângelo constasse no Plano Nacional de Aviação Regional, onde o município foi colocado agora e, assim,  o Aeroporto Regional é o mais adiantado entre os quatro prioritários do Rio Grande do Sul. Agora estamos encaminhando o processo para a uma breve licitação, onde tudo indica que neste ano ainda a obra pode ser licitada e todos os preparativos podem ser tomados pelo Ministério de Aviação Civil”, explicou Andres.

A situação do Aeroporto Regional de Santo Ângelo - Sobre a obra paralisada no Aeroporto Regional de Santo Ângelo e os entraves com o Governo do Rio Grande do Sul, o prefeito Valdir Andres disse que aguarda uma posição do secretário estadual de Transportes, deputado Pedro Westhpalen, para que este resolva a situação que é uma herança do governo Tarso Genro. “O prejuízo é enorme. Nosso Aeroporto tinha voo para Porto Alegre, o aeroclube funcionava no local e os voos agrícolas estavam em atividade.  Agora tudo está paralisado. Isso não pode acontecer em um Estado que se dizia desenvolvido como o Rio Grande do Sul no governo passado. É lamentável!”, disse.

A busca por recursos na Capital Federal - Em visita à Brasília/DF, o prefeito Valdir Andres esteve reunido, também,  com o Ministro do Turismo, Vinícius Lages, onde tratou sobre a possibilidade de realizar a exibição do espetáculo “Som e Luz” em frente à Catedral Angelopolitana. “Vamos terminar este projeto e encaminhá-lo para o próximo encontro na capital federal. Também estive com os senadores Lasier Martins e Ana Amélia Lemos, pleiteando recursos para o município de Santo Ângelo”.

Em suma, sobre as dificuldades em fazer gestão com poucos recursos e, ainda, com atrasos nos repasses estadual e federal, o prefeito Valdir Andres afirmou que o município vem realizando obras, melhorias administrativas e novos investimentos, da mesma forma, apesar da dificuldade financeira. “Assumimos a prefeitura com muitas dificuldades e mesmo com a situação difícil do Estado e da União, felizmente temos conseguido realizar algumas obras na cidade, outros investimentos na área da Saúde; na Educação, estamos investindo em escolas, enfim, um esforço muito grande. Realizamos a compra de máquinas, caminhões, patrolas, escavadeiras, 25 veículos entre ambulâncias, escolares e automóveis. Ou seja, estamos reequipando a nossa prefeitura mesmo com a queda da receita. Economizamos com o corte de mais de 100 CC’s para poder investir na cidade. No Turismo, por exemplo, houve o nosso Natal Cidade dos Anjos, em duas edições, e outro espetáculo na Páscoa (sem recursos do município), o tradicional Carnaval, e a minha ideia, a partir do próximo ano, é conseguir patrocínios para não ter recursos da prefeitura nestes eventos de grande porte. Ainda, licitamos o projeto do Centro Administrativo e uma série de planos e projetos que levaremos em frente nos dois próximos anos de governo”, salientou.

Matéria: Rodrigo Bergsleithner

Foto: Cristiano Devicari/Especial