Atraso de repasse prejudica o fornecimento de fraldas e 16 remédios na Farm

  • Em seis meses, Estado deixou de repassar à Prefeitura de Santo Ângelo R$ 1.081.294,56

    Assunto: Administração  |   Publicado em: 06/11/2015 às 14:09   |   Imprimir

Quase R$ 1,1 milhão. Este é o valor que deixou de ser repassado, nos últimos seis meses, pelo governo do Estado à Prefeitura de Santo Ângelo para a manutenção da Saúde no município.

Os valores em atraso chegam a R$ 1.081.294,56 e dizem respeito às verbas destinadas ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Farmácia Básica, Fraldas, Estratégia da Saúde da Família (ESF) e Saúde Bucal. O último repasse para o município ocorreu em abril.

Devido ao atraso, a Secretaria de Saúde de Santo Ângelo está adotando novas medidas na prestação do serviço em Saúde. A partir da próxima semana estão suspensas a distribuição de fraldas infantis e geriátricas e de 16 medicamentos.

Até que o repasse seja regularizado, deixarão de ser adquiridos pela Farmácia Básica os medicamentos Aminofilina, Carbonato de Cálcio, Cinarizina, Desclorfeniramina, Diclofenaco, Estrogênios Conjugados, Guaco, Nistatina, Omeprazol, Salbutamos, Vitamina A + D, Amitriptilina, Clomipramina, Clonazepan, Imipramina e Nortriptidelina.

Através da Comissão Técnica Multiprofissional, a Secretaria de Saúde, tomou a decisão de priorizar a reposição de alguns grupos de medicamentos, cuja falta acarretaria em maior dano à saúde dos pacientes. Entre esses medicamentos estão os antibióticos, antipiréticos, anti-inflamatórios, antihipertensores, diuréticos, hormônios tireoidianos, antiarrítmicos, glicosídeo cardíaco, corticoides, ácido fólico e sulfato ferroso para gestantes. Já para o Setor de Saúde Mental serão priorizados os anticonvulsivantes, antiparkinsonianos e antipsicóticos.

A Comissão Técnica Multiprofissional é formada por médicos, enfermeiros, dentistas, farmacêuticos, fisioterapeutas, psicólogos, administrador e objetiva discutir e tomar decisões em conjunto, levando em conta a opinião de cada área envolvida.

Segundo o secretário de Saúde de Santo Ângelo, André Kissel, a suspensão do fornecimento das fraldas infantis, geriátricas acontecerá até mesmo nos casos de demanda judicial. “A medida foi tomada em razão dos atrasos no repasse do governo do Estado. Após a regularização, o serviço será retomado. O último repasse ocorreu em abril deste ano. Soma-se a isso a diminuição da arrecadação dos impostos do município e o novo bloqueio das contas do governo do Rio Grande do Sul por parte do governo federal”, explica André.

 

Rodrigo Bergsleithner/AI Secretaria de Saúde